Isso que eu chamo de Virada Cultural para a direita!
Racismo, segregação e preconceito. Isso a tele do Plin, Plin, não mostra.Apartheid: espaço negro é discriminado e vigiado na
Virada Cultural
Como os mecanismos racistas apareceram na
organização da Virada Cultural, na sua cobertura e
mesmo nos comportamentos de pessoas que
freqüentaram os espaços de música negra.
Dennis de Oliveira*
Entre tantos confetes despejados pela mídia para a
Virada Cultural - principalmente pelo fato do Poder
Público mobilizar sua estrutura para criar um
"simulacro" de paz no degradado centro de São Paulo,
permitindo que a classe média possa passear
tranquilamente nas ruas cotidianamente ocupadas por
mendigos, trombadinhas, prostitutas, vendedores de
crack e outros párias - não passaram despercebidas
as atitudes racistas da organização do evento para
quem freqüentou o espaço destinado à apresentação
dos grupos de hip-hop e black music.
Dentro da filosofia de segmentação dos espaços de
acordo com os ritmos apresentados, a organização da
Virada Cultural "segregou" o hip-hop e a black music
para um local mais distante do centro, a Praça Cívica
do Parque D. Pedro, atrás da antiga sede da prefeitura,
o Palácio das Indústrias. O local é de acesso difícil e
fica mais distante da maioria dos espaços centrais
onde aconteceram outras apresentações.
* Professor da Escola de Comunicações e Artes da
USP, jornalista, doutor em Ciências da Comunicação
pela ECA/USP, presidente do Celacc (Centro de
Estudos Latino Americanos de Cultura e
Comunicação) e membro do Neinb (Núcleo de
Estudos Interdisciplinares do Negro Brasileiro). E-mail:
dennisoliveira@uol.com.br
quarta-feira, 30 de abril de 2008
terça-feira, 29 de abril de 2008
*Fome: alimentos como negócio
Leonardo Boff **
(...)
** Teólogo e professor emérito de ética da UERJ
* Artigo publicado no portal Adital - Notícias
(...)
" No fundo, o que interessa mesmo é garantir ganhos para os negócios e menos alimentar pessoas. Se não houver uma inversão na ordem das coisas, isto é: uma economia submetida à política, uma política orientada pela ética e uma ética inspirada por uma sensibilidade humanitária mínima, não haverá solução para a fome e a subnutrição mundial. Continuaremos na barbárie que estigmatiza o atual processo de globalização. Gritos caninos de milhões de famintos sobem continuamente aos céus sem que respostas eficazes lhes venham de algum lugar e façam calar este clamor. É a hora da compaixão humanitária traduzida em políticas globais de combate sistemático à fome."
** Teólogo e professor emérito de ética da UERJ
* Artigo publicado no portal Adital - Notícias
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